quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A mãe do Kossen Rufu

Foto de Eliana Romero.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

KOSSEN- RUFU


Propagação Mundial do Budismo

Literalmente, Kossen-rufu significa "declarar e propagar amplamente (o budismo)". Kossen significa ensinar a filosofia budista a todas as pessoas e rufu indica ser o budismo bem conhecido e praticado com sinceridade pelas pessoas na sociedade.
O termo aparece no capítulo Yakuo (23o) do Sutra de Lótus, que declara: "No quinto período de quinhentos anos após minha morte, realize o Kossen-rufu mundial e jamais permita que seu fluxo cesse." O Sutra de Lótus profetizou que, após o declínio do budismo de Sakyamuni, surgiria o Verdadeiro Budismo, que seria propagado pelo mundo. Nitiren Daishonin definiu o Nam-myoho-rengue-kyo dos Três Grandes Ensinos Fundamentais como a Lei a ser declarada e propagada amplamente durante os Últimos Dias. Então, em 12 de outubro de 1279, ele inscreveu integralmente sua iluminação no único objeto de adoração para todos os povos, o Dai-Gohonzon.

Os ensinamentos budistas identificam dois aspectos do Kossen-rufu: o Kossen-rufu da entidade da Lei (em japonês, keho no Kossen-rufu ou hottai no Kossen-rufu), ou o estabelecimento do Dai-Gohonzon, que é a base dos Três Grandes Ensinos Fundamentais, e o Kossen-rufu da substanciação (kegui no Kossen-rufu), ou a ampla aceitação da fé no Dai-Gohonzon. Em 12 de outubro de 1279,
Daishonin estabeleceu o Dai-Gohonzon do supremo santuário do Verdadeiro Budismo como objeto de adoração para atingir o estado de Buda. Desse modo, o objeto ou a entidade da Lei, que todas as pessoas devem adorar, foi estabelecido. Este é chamado de Kossen-rufu da entidade da Lei. Através da propagação dos ensinos de Daishonin, muitas pessoas reconhecerão esse Dai-Gohonzon como seu objeto de adoração. Isso se constitui no Kossen-rufu da substanciação, e Daishonin confiou essa tarefa a seus discípulos.
Em 16 de julho de 1260, visando à realização do Kossen-rufu, Nitiren Daishonin admoestou o governante japonês da época enviando uma tese intitulada "A Pacificação da Terra através do Verdadeiro Budismo" (Rissho Ankoku Ron).

Sobre isso, o presidente Ikeda escreveu na Nova Revolução Humana: "Vendo diante de seus olhos os contínuos desastres, como incêndios de grandes proporções, vendavais, grandes terremotos, secas prolongadas e epidemias, Nitiren Daishonin levantou-se com o propósito de salvar o povo japonês desse caos e advertiu Hojo Tokiyori, que mantinha o poder do governo em suas mãos, recomendando-lhe que abraçasse o ensino verdadeiro do Sutra de Lótus.
"Naquela época, o ensino mais amplamente difundido entre as pessoas era o da Nembutsu. Essa religião ensina que o mundo é uma terra impura e que simplesmente recitando Namu-Amida-Butsu pode-se alcançar o paraíso da terra pura situado a 10 trilhões de distância na direção oeste do horizonte da terra do Buda.
"A religião expõe a regra básica do modo de vida dos seres humanos. Na ideologia da Nembutsu, que classifica o mundo em 'terra impura', as pessoas não conseguem visualizar nenhuma esperança nesta existência, tornam-se pessimistas e apáticas para com o mundo. Além disso, o ato de ensinar que após a morte alcança-se o 'paraíso da terra pura, que fica no distante 'horizonte', desvia as pessoas da realidade conduzindo-as para a fuga e a resignação, podendo até provocar o incentivo à morte. Dessa condição, jamais poderá surgir o ânimo e a vivacidade em busca do aperfeiçoamento como ser humano, muito menos a força para a edificação da sociedade.
"Nitiren Daishonin tentou reformar o modo de vida do governo de maior influência social por meio do Rissho Ankoku Ron. Declarou que a seita Nembutsu era a fonte maligna da infelicidade e o admoestou a abraçar o Verdadeiro Budismo.
"A religião muda a concepção das pessoas, transforma seu espírito e modifica a essência de sua vida. De acordo com o contexto da religião, as pessoas tornam-se fortes ou enfraquecidas, estúpidas ou sábias, assim como podem ser construtivas ou destrutivas.
"Se o âmago do ser humano, que é o sujeito da criatividade, se transforma, a sociedade e o meio ambiente também alcançarão uma ampla reforma. Este é o espírito exposto no Rissho Ankoku Ron." (Nova Revolução Humana, vol. II, capítulo "Vanguarda", parte 23.)
Por meio dessa e de várias outras escrituras podemos perceber o quanto Nitiren Daishonin empenhou-se pelo Kossen-rufu.

De forma prática, "Kossen-rufu é uma luta contra as maldades". Este é o título de uma orientação do presidente Ikeda que enfoca a forma prática do Kossen-rufu, da qual transcrevemos uma parte a seguir:
"O Kossen-rufu não é um mero slogan. Somente as palavras, não importando com que sonoridade sejam proferidas, definitivamente não terão significado. A menos que entremos em uma ação, não poderemos transmitir às futuras gerações o grande caminho que Nitiren Daishonin abriu para a suprema felicidade. Se estivermos falhando, como poderíamos nos desculpar diante de Nitiren Daishonin? O segundo presidente, Jossei Toda, era muito rigoroso ao nos ensinar este ponto.
"O Kossen-rufu é um empreendimento audaz e longo contra as forças maléficas, o qual é conduzido no palco do mundo real. Se as forças da Lei perderem a força e o vigor, o poder das forças maléficas aumentará consideravelmente. Portanto, temos de mostrar a prova, em todos os campos de atividades, do princípio 'o que importa no budismo é a vitória ou a derrota'. Não temos escolha a não ser conquistar a vitória em todo esforço que empreendermos. É por isso que a felicidade individual, a prosperidade da sociedade e o amplo desenvolvimento do Kossen-rufu podem ser construídos somente sobre a base do triunfo. Para nós, este ano será sem dúvida aquele em que o que é verdadeiro e o que é falso, irá se tornar mais claro. Com orgulho, vamos empreender intrépida e corajosamente o nobre esforço pelo Kossen-rufu, e orgulhosamente conquistar os louros da vitória." (A Grande Correnteza para a Paz, vol. II, pág. 316.)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

JUZU ( Rosário Budista)


Qual o significado do JUZU?
 Utiliza-se o juzu na prática do Gongyo e do Daimoku diante do Gohonzon. A palavra “juzu” significa “um número de contas”, ou ainda os Três Tesouros (do Buda, da Lei e do Sacerdote).

 A forma circular desse objeto significa grande espelho da sabedoria. Revela também o princípio místico da natureza essencial da Lei. As 108 contas revelam os 108 desejos mundanos.
1 - 100 - Revela o itinen sanzen. 100 = Dez Estados de Vida x Possessão Mútua dos Dez Estados de Vida.
2 - 1.000 - Revela o itinen sanzen. 1.000 = Dez Estados de Vida x Possessão Mútua dos Dez Estados de Vida x dez Fatores.
3 - CONTA-MÃE - Tesouro do Buda - Nitiren Daishonin - Sabedoria subjetiva - Lei 4, 5, 6, 12 - QUATRO CONTAS MENORES - Tesouro do Sacerdote - Quatro Bodhisattvas - Quatro virtudes de eternidade, felicidade, verdadeira identidade e pureza - Quatro elementos: terra, água, fogo e vento
7 - CONTA-PAI - Tesouro da Lei - Myoho-rengue-kyo - Realidade objetiva - Mística
8 - Pingente.
9 - 10 - Revela o itinen sanzen (Dez Estados de Vida).
11 - Repositório dos benefícios.
13 - O cruzamento do juzu significa transformar os Três Caminhos (desejos mundanos, carma e sofrimento) em Três Virtudes (Propriedade da Lei, sabedoria e emancipação ou liberdade).
10, 14 - O comprimento do cordão entre o repositório e o pingente revela o desejo do praticante pelos benefícios.
Os benefícios que transbordam do repositório passam pelo cordão e enchem o pingente. Isso significa que os benefícios ficam retidos, ou seja, ficam acumulados.
Quanto ao ato de esfregar o juzu, não há significado. Algumas pessoas fazem isso por ansiedade, para manter a concentração ou apenas por hábito.
Em relação à posição para colocar o juzu nas mãos é apenas uma convenção, ou seja, colocamos o juzu com o cordão com três pingentes na mão direita e com os dois pingentes na mão esquerda por formalidade. O importante é realizar a prática de forma correta e prazerosa, utilizando seus acessórios SEM MISTIFICÁ-LOS.